O Rebanhão está a todo vapor para a gravação de seu álbum ao vivo comemorativo, programado para o dia 5 de novembro, na ADVEC da Penha, na cidade do Rio de Janeiro. Enquanto este dia não chega, os músicos Carlinhos Felix, Pedro Braconnot, Paulo Marotta, Pablo Chies e Bruno Martins ensaiam e se preparam com rigor.
A missão de Felix, Braconnot e Marotta, remanescentes da formação original, não é fácil. Afinal, os intérpretes tem, como compromisso, revisitar uma discografia que abrange vários discos lançados por mais de uma década. A banda, atualmente, trabalha de forma independente e conta com o apoio do público para a empreitada.
O anúncio de retorno do Rebanhão foi realizado em 2014. Naquela época, como foi a decisão para “oficializar” essa volta para o público?
Pedro Braconnot: Nós todos sentimos que já era a hora de nos reunir para fazer uma releitura de tudo que havíamos feito no passado, comemorar os alvos atingidos e, por diversas razões, retornar à atividade. Então foi tranquilo falar isso para os amigos e começar a despertar para essa ideia. Tivemos algumas barreiras no início, mas como Deus sempre está no controle, as coisas caminharam de forma que não dá mais para deixar de realizar esse sonho que não é só nosso mas da nossa geração. Isso inclui muita gente que curtiu e ainda curte o Rebanhão.
É a primeira vez que vocês tocam juntos desde 1991 e também a primeira vez que Pablo Chies está na banda ao lado de Carlinhos e Paulo. Como está sendo a sinergia entre vocês quatro?
Pedro Braconnot: O Carlinhos saiu em 91 e o Paulo em 92. Com o Pablo eu toquei mais alguns anos. Mas, apesar do tempo que passou, está sendo muito legal poder tocar juntos agora, com mais maturidade e experiência. Para nós parece que foi ontem. O tempo não para, mas os anos com o Rebanhão forma tão marcantes em nossa vida que sempre estão presentes de alguma maneira. Mesmo afastados, em todo lugar que vamos, as pessoas pedem para cantar as músicas do Rebanhão. Nisso, tudo se renova em nossas mente. Poder reencontrar esses irmãos e trabalhar juntos está sendo uma experiência super.
Vocês lançaram o clipe da música “Velho Amigo”, do álbum Enquanto É Dia. Por que escolheram regravar esta canção?
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Carlinhos Felix: Por ser uma música lindíssima, com uma mensagem muito forte. Na verdade optamos por ela, por agregar muitos dos nossos sentimentos numa música só.
Qual a abrangência do repertório escolhido para o novo álbum de vocês?
Paulo Marotta: A escolha das musicas para o DVD 35 é uma resposta as preferências do nosso público. Pesquisamos nas mídias sociais as mais pedidas, as mais buscadas, e elaboramos o repertório. É claro que não vai caber a lista inteira, e ficamos com as “18 mais” para este DVD. Quando iniciarmos a turnê, teremos mais liberdade de incluir tantas outras que o nosso público gosta, e trazer as novas composições também. Este trabalho é uma coletânea desde Mais Doce que o Mel até Enquanto é Dia.
Carlinhos Felix disse, em uma live, que a banda pretende, talvez, lançar uma edição limitada em LP do futuro álbum. Como isso se dará?
Carlinhos Felix: É um sonho como muitos outros que temos sonhado. Vamos fazer uma pesquisa, para saber se realmente fará sucesso. Mas eu, particularmente, gostaria de ter um vinil desta gravação.